As botijas assombradas

Imagem: reprodução / pinterest. Pra cego ver: pintura em aquarela de pintura dourada vista de cima, no interior há material abstrato dourado e ao redor o que parecem ser pedras de ouro.

Diz a lenda que os senhores de engenhos eram os proprietários das botijas, os pequenos potes de barro usados para guardar riquezas. Naquela época os bancos não eram seguros e o medo do ataque de inimigos era uma forte realidade, não atoa as casas grandes visavam muito mais segurança do que estética,  então, dessa forma, os senhores se preocuparam em esconder essas botijas.

Em sua infância, Jorge Nuvens, morador de Santana do Cariri, ouviu dos mais velhos da família que os donos de terras, na tarefa de esconder suas botijas, iam acompanhados de dois capangas, ou escravos. Estes ficavam com o serviço pesado, de cavar grandes buracos no chão, ainda que as botijas não fossem tão grande. Quando acabavam o serviço, eram assassinados sem piedade, para que não houvessem testemunhas sobre o "x" do tesouro. O proprietário enterrava as vitimas juntamente às botijas, porém, a partir daí seus espíritos passavam a guardar o tesouro para que ninguém mais o tivesse, principalmente o dono das riquezas.

Futuramente, porém, moradores locais passaram a sonhar com o local secreto onde estava alguma das várias botijas que foram enterradas. Estes, quando iam atrás do tesouro e passavam a desenterrá-lo, tinham visões de todo tipo de assombração. Caso conseguisse desenterrar, a regra era clara, precisaria deixar a cidade para sempre.

Segundo Jorge, a existe em Santana do Cariri, a história de um padre que encontrou uma botija enterrada debaixo de uma árvore, próximo a igreja matriz da cidade. Ele fugiu com a fortuna, mas retornou a cidade anos depois. Com o seu retorno, a árvore morreu, e ele, adquirindo alguma enfermidade, logo morreu também.

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