Assombrações no Memorial Patativa do Assaré
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Ilustração: Kalígia Siqueira / Caça-fantasmas. Pra cego ver: desenho com fundo de vermelho vívido. Igreja amarela de cabeça pra baixo, com pistola prateada gigante atrás dela na transversal, apontando para cima. |
Construído há mais de 150 anos, o prédio que hoje abriga o Memorial Patativa do Assaré é cercado de mistérios. Antes de guardar as memórias do poeta popular, a construção já foi um hotel, um sindicato, um correio e uma escola, até se tornar a residência de um homem chamado Cartaxo Rolim, na metade do século passado.
Já naquela época se ouviam histórias de que a casa era mal-assombrada. Vizinhos relatavam ouvir barulhos de cadeiras de balanço, pilão trabalhando, cadeiras arrastando, portas batendo, mesmo quando não tinha ninguém na casa.
Mas o misticismo em torno do prédio aumentou quando Cartaxo Rolim, último morador do prédio, cometeu suicídio, em 1965. Ele tirou a própria vida em uma das salas do piso superior, com um revólver calibre 38, enquanto olhava para a igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, que fica em frente ao edifício.
Desde então os relatos de forças sobrenaturais no prédio só aumentaram, inclusive a partir do momento que se tornou o Memorial Patativa do Assaré, e o fluxo de visitantes aumentou.
Para deixar o clima ainda mais macabro, todas as tardes, um foco de luz que entra pelas frestas do telhado faz com que a igreja reflita de cabeça para baixo na parede da sala em que Cartaxo Rolim se matou há mais de meio século.