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Mitologia em exposição "Bestiário Nordestino"

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Imagem: reprodução. #PraCegoVer: imagem mostra xilogravura de criatura fantástica, com corpo de quatro patas similar ao de um jumento, e pescoço que se ramifica em outros 7 pescoços, com uma cabeça em cada de animal diferente em cada. Entre os produtos culturais onde se manifestam as histórias populares de assombração, onde se manifesta a mitologia que circula no nordeste, está a xilogravura, arte de desenhar esculpindo em superfície de madeira. A xilogravura foi muito utilizada para ilustrar capas de cordéis, sendo reconhecida como parte essencial do livreto de poesias rimadas. E é a xilogravura um dos produtos artísticos utilizados pela pesquisadora Sandra Nancy, para historicização do "conteúdo das crenças em assombrações que se difundem e se constroem nas narrativas orais no Cariri num universo cultural de longa duração". Conforme o site da Exposição, com estreia em 2016, o Bestiário Nordestino - Um olhar sobre a gravura fantástica", conta com curadoria de Rafael Lim

A maldição do homem-jumento

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Imagem: reprodução/google. #PraCegoVer: foto de corpo inteiro de jumento em fundo branco. O animal está de pé, visto de perfil. Histórias de pessoas que se transformam em animais estão presentes na cinematografia e literatura em todo o mundo, além de no imaginário popular também, circulando por meio da história oral. Em Caririaçu, existe a lenda da mulher que virava porca, já descrita aqui no Caça-fantasmas. Em Tauá, Ceará, existe uma lenda no mínimo bizarra de um homem que se transformava em jumento.  Dizem que a maldição surgia quando um homem se envolvia com mais de 3 três mulheres ao mesmo tempo. Todos os dias, a meia-noite, ele se transformaria num jumento, retornando a sua forma original às 3 da madrugada. Durante a transformação, estava condenado ao descontrole, correndo pela região e dando coices no que aparecesse pela frente. A única forma de quebrar a maldição era com uma facada de alguém corajoso, porém a facada deveria ser cuidadosa, pois o amaldiçoado continuaria com o fer

O cão do distrito de Valença

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Imagem: reprodução. PraCegoVer: fotografia colorida com filtro de imagem antiga, gasta. A imagem mostra imagem aérea do distrito de Miguel Xavier, Caririaçu, conhecido como Vila Valência. Há muito verde e relevo ao redor do pequeno distrito. "Valença", hoje chamada de Miguel Xavier, fica localizada em Caririaçu, Ceará. Foi lá que viveu Miguel Xavier, homem que chegou ao Cariri por volta de 1830 e foi muito importante para a história local, dada sua participação econômica e política. Xavier foi fazendeiro e eleito deputado em 1842. Acolheu em suas terras com trabalho e moradia, muitos cidadãos sertanejos fugidos do alistamento para a Guerra do Paraguai. Sua personalidade arrogante e  de difícil convívio, porém, prevaleceu e contribuiu para sua imagem de homem sobrenatural ainda em vida, " tendo a oralidade popular registrado intensamente casos em que o sujeito escapou de emboscadas e outros perigos". Mais tarde, um casal de migrantes, provavelmente na seca de 1915, a

Cachoeira de Missão Velha: A pedra da Glória

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Imagem: google images. #PreCegoVer: fotografia de queda d'água com homem de amarelo ao topo, pequeno devido a distância. A cachoeira de Missão de Velha, Ceará, carrega consigo um forte misticismo relativo a histórias lendárias, tendo essas narrativas repercussão na história oral local, e sendo objeto de pesquisas no meio acadêmico. Integrante do Geopark Araripe, a cachoeira é abastecido pela Rio Salgado, fica localizada a 3km da cidade, e tem queda d'agua que chega a 12 metros de altura. Já registramos aqui a história de que existe uma "Mãe D'água" no local, onde já habitaram os índios kariris, depois foi palco de encontro de cangaceiros, e hoje serve de ponto para realização de rituais religiosos. Similar a história da Mãe D'água (ou Iara), criatura metade mulher, metade peixe, a pedra da Glária, segunda o artigo "Técnicas argumentativas e cultura no geossítio cachoeira de missão velha: a lenda da pedra da Glória", seria uma estrutura rochosa cujo

Bola de fogo em Pentecoste, Ceará

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O caso já foi até pauta de matéria na TV Jangadeiro em 2019. Muitos moradores da cidade relataram serem perseguidos por uma bola de fogo por volta das 3 horas da madrugada, pelas estradas da mesma. O padrão nos relatos é que a princípio avista-se no céu apenas um ponto de luz, como uma estrela, que aos poucos vai se aproximando e tomando proporções maiores. Uma das vítimas, adulta, disse que sentiu um calor absurdo, dando-lhe a sensação de queimação nas costas e precisando fazer o uso de protetor solar, para aliviar a dor nos dias seguintes. Outra vítima, um senhor com cerca de 60 anos, disse que quando era mais jovem foi perseguido pela mesma bola, que passou por ele e desapareceu misteriosamente. Há muito tempo circulam relatos sobre o objeto, mas nunca encontraram-se respostas científicas. Fonte: Tribuna do Ceará

A mulher de branco

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  Imagem: google imagens. #PraCegoVer: mulher de branco com aspecto fantasmagórico no meio de avenida escura, durante a noite. Relatos de mulheres fantasmas em estradas são muito comuns em diversas localidades. Segundo o site Tribuna do Ceará, algumas pessoas firmaram terem sidos perseguidas ao andar sozinhas a noite numa estrada carroçal de Ipueiras, na região de Ipu. O fantasma em questão era de uma mulher vestida de branco, que desaparecia pouco depois de ser notada sua presença. Uma moradora de Ipueiras contou ter visto o fantasma da mulher em praça público, de sua casa. Ao chamar o marido, que saiu da residência com uma faca, o fantasma desapareceu. Existe a pressuposição de que seja um espírito perigoso. Outro morador da região revelou ter sido a ele solicitado a realização de três pedidos por parte da mulher fantasma, mas que isso nunca fosse revelado. Ele revelou uma vez, a um radialista, e foi atormentado, por esse motivo, guarda os pedidos apenas consigo.

Currais protetores

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Foto: google images. Pra cego ver: corredor de curral de madeira iluminado por forte luz natural da porta aberta no fim do corredor.   No interior do Ceará, em Santana do Cariri, defendem os mais velhos que diante de ameaças assombrosas, melhor abrigo não há: o curral. Espedito Duarte, jovem morador de sítio na cidade, conta que ouviu relatos sobre o poder do ambiente. Seriam os animais presentes ali portadores de uma energia repelente do mal? Não sabemos, mas há quem diga que, ouvindo barulho estranho, ou vendo malassombro, correr para o curral é o melhor a se fazer, pois ali o maligno não entrará.